terça-feira, 27 de novembro de 2007
A vida nas nossas mãos
Uma sementinha que dá fruto
Sendo regada e adubada,
Uma pedra diamante ainda em bruto
Prontinha a ser moldada.
Esta vida é um grande mistério,
Concede-nos as ferramentas e os materiais,
Para a construção do nosso império
Seja ele de amor, dinheiro ou outros bens essenciais.
Que razão dar à minha existência?
O que quero colher desta passagem?
Posso experimentar exercer alguma influência
Para amenizar a dor e tentar uma viragem.
Os resultados só de nós dependem,
Arranjar força e alegria para melhorar,
Lutando contra os infortúnios que nos prendem,
Mão à obra, vamos reagir, vamos actuar!
Uma sementinha que cresce
Com muito amor e carinho,
Uma pérola na vida floresce,
Preparando-se para o seu destino.
Dar amor para que se abra a porta,
Tentar compreender e respeitar o outro,
Não esperando muito mais em troca
Além da felicidade estampada no seu rosto.
Aprende com o passado e saboreia o presente,
Liberta-te e vive com toda a paixão
Não cultives sofrimento e vai em frente,
Porque a vida está nas tuas mãos.
Sílvia Bastos
27/11/20007
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
As marcas deixadas…
Cada ruga, cada traço,
Cada cicatriz, cada sinal,
Cada degrau, cada passo,
Mais um dia até ao final.
Com sol ou chuva,
Calor ou frio,
Não há qualquer fuga
Ou fórmula que crio
Para a vida eterna.
A inocência da meninice,
A mocidade rebelde ou terna,
O medo de que o amor partisse
E ficar sem nada que valha a pena.
Os problemas sem solução
Aparente mas que lá passaram,
Os fantasmas da solidão,
Que por vezes também visitaram
A cada decepção e desgosto,
Avivam a esperança de encontrar
Um grande amor sem rosto.
Cada palavra, cada linha,
Cada sentimento descrito,
Recordar o que outrora tinha
E dizer adoro-te, num só grito.
Passado, presente,
No livro da vida está apontado,
Toda a paixão ardente,
O choro aquando o ser magoado.
Família, amigos ou somente a vida,
Tudo o que eu quero amar
E tornar esta estadia mais colorida,
Nesta “longa” caminhada.
Sílvia Bastos
9/11/2007
16:37
Ciclo mistério do ser
Tantas dúvidas sobressaltam à minha mente, no sossego do meu ser.
O porquê de tudo isto?!
Procuramos uma explicação para a nossa existência neste mundo.
Nascemos, vivemos, morremos… É o fim?
É este o ciclo de toda, toda a nossa existência?!
Não quero acreditar que o fim culmine com a morte.
Desta forma não encontraria uma razão ardil para a existência de tantas injustiças e diferenças entre os homens, que enriquecem cada ciclo com as suas histórias e experiências. Muitas coisas não me fariam sentido…
A morte dita o fim do corpo físico, sim. Mas não somos somente um corpo, somos muito mais…
A nossa alma, a nossa essência, a nossa experiência…
Será que nada disto resiste à chamada final?
Múltiplos pensamentos atravessam a mente para encontrar uma resposta a este grande mistério.
Mas não passam disso: meros pensamentos sem qualquer resposta…
Mais um dia passa no meu ciclo, mais um pôr-do-sol, e apenas a uma certeza me posso agarrar…
Estou cada vez mais perto de avistar a verdade…
Mas gostarei de a conhecer?
Não sei, não quero saber…
Não quero ver o pôr-do-sol passar-me ao lado todos os dias, preocupada com o que o futuro me reserva, quero apenas captar toda a beleza a que tenho direito neste momento.
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